Letras ou Tradução? Qual escolher?

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Neste post exaltaremos as principais diferenças entres os dois cursos e falaremos sobre eles individualmente.

 

 

Diferenças

Primeiro, temos que assinalar que o curso de Tradução é, na verdade, o curso de Letras com Habilitação em Tradutor, de grau bacharel. Ou seja, também é Letras. Há, por isso, universidades que oferecem dupla habilitação, bacharelado e licenciatura.

Se o licenciado poderá dar aulas no ensino fundamental II e médio, o bacharel será conhecedor da estrutura da língua e de sus transformações, podendo aplicar seu conhecimento quando solicitado.

Assim, na licenciatura há disciplinas sobre leis educacionais, sobre regulamentações e sobre ensino. Além da teoria, os alunos devem realizar estágios obrigatórios: ora de observação, em que reflete sobre a prática de um docente já atuante, ora de regência, no qual prepara e ministra algumas horas de aula.

Em contrapartida, o bacharelado possui mais disciplinas de línguas estrangeiras e também práticas em traduções, o que os leva a aprender conteúdos mais específicos, exemplo: se a tradução é de um filme de comédia, as piadas devem ser traduzidas (ou mantidas, se possível) de acordo com algo “entendível” ao português.

Com essa formação, o bacharel poderá atuar como interprete em conferência, congressos e reuniões, traduzir textos técnicos, científicos e literários, revisar e preparar textos para publicação e realizar pesquisas teóricas de Literatura e de Linguística.

Em ambos os casos, o aluno aprende sobre a Língua Portuguesa e sobre a Língua Estrangeira (LE). Na LE, não só se aprende sobre os aspectos mais estruturais, mas também a literatura e a cultura do respectivo país.

 

Habilitação em Tradução

Na Tradução, os alunos devem desenvolver o aprendizado em dois idiomas e dominar mais uma língua estrangeira. Ou seja, além do português, é necessário ter uma segunda língua e uma língua estrangeira.

A segunda linha será aquela em que desempenhará o papel de comunicação, isto é, o aluno será capaz de estabelecer uma socialização tão eficiente quanto a sua língua materna (português). A língua estrangeira, por sua vez, é aquela que o aluno deve dominar, mas seus fins são mais específicos para tradução,  de textos literários, técnicos, científicos e comerciais.

O curso de Licenciatura em Letras com Habilitação em Tradução da UNESP de Rio preto, por exemplo, oferece como opção de segunda língua o inglês ou o francês. Como língua estrangeira oferece espanhol ou italiano.

Um dos cargos visados dos estudantes desse curso é o de tradutor público juramentado. A carreira só é possível por meio de concurso estadual e possui um salário bom. Além dessa, há a carreira de professor em Instituições de Ensino Superior, como professor do curso de Letras-Bacharel.

A coisa mais importante para se ter em mente é de que a formação em tradutor é específica, já que sua função não é ensinar nenhuma língua, mas compreender, traduzir, verter e revisar os textos nos idiomas escolhidos. Não podemos reduzir o ensino da tradução em ensino de línguas, pelo simples fato de que não é.

O ato de transformar textos escritos em uma língua X para uma língua Y, faz com que o profissional tenha que ter domínio não só das estruturas das duas línguas com que trabalha, mas também o domínio sobre a cultura e sobre as convenções que regem determinada interação verbal entre os grupos sociais que as usam.

 

Letras Licenciatura

A licenciatura estuda a história e a estrutura da língua de um povo, bem como sua literatura e seus meios de comunicação. Com o seu papel firmado em formar professores, o projeto pedagógico é promove o ensino específico da linguística, da literatura e da educação, possuindo essas três áreas como divisão.

Na educação, há matérias mais ligadas ao ensino e a aprendizagem. Estuda-se, por exemplo, psicologia da educação, para que se possa compreender as diferentes correntes de ensino que já existiram. Na Literatura, estuda-se a poesia e a prosa, e analisa-se obras segundo conceitos literários e sociais. Na linguística, por sua vez, estuda-se a aquisição da escrita, que é baseada na Fonética e na Fonologia.

Todas essas áreas também abrangem a língua estrangeira, ou seja, aprendemos a como ensinar uma língua estrangeira, o que ensinar, qual literatura podemos oferecer, como oferecer, a gramática/estrutura que devemos posteriormente ensinar, etc.

Esse profissional é apto a compreender os fatos e fenômenos da língua e da linguagem por meio de análises, que são feitas por diferentes perspectivas/teorias e métodos de abordagem. Aprende-se, principalmente, sobre os objetos de estudo de cada subárea, exemplo: em Semântica, disciplina da Linguística, o objeto de estudo é o significado. Em cima “do que é significado” se debruçam diversas abordagens e entendimentos, adotando uma delas, segundo preferência, para análise.

Assim, o formado em licenciatura desenvolve conhecimentos, habilidades, boa proficiência na língua estrangeira de sua habilitação e também atitudes qualificadas.

 

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