Lista de Artes: ENEM

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Artes no ENEM

1) (Enem-2018)

TEXTO I

 ALMEIDA, H. Dentro de mim, 2000. Fotografia P/B. 132 x 88 cm. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa

TEXTO II

A body art põe o corpo tão em evidência e o submete a experimentações tão variadas, que sua influência estende-se aos dias de hoje. Se na arte atual as possibilidades de investigação do corpo parecem ilimitadas – pode-se escolher entre representar, apresentar, ou ainda apenas evocar o corpo – isso ocorre graças ao legado dos artistas pioneiros.

Silvia, P.R. Corpo na arte, body art, body modification: fronteiras. II Encontro de História da Arte: IFCH-Unicamp 2006 (adaptado)

Nos textos, a concepção de body art está relacionada à intenção de:

a) estabelecer limites entre o corpo e a composição.
b) fazer do corpo um suporte privilegiado de expressão.
c) discutir políticas e ideologias sobre o corpo como arte.
d) compreender a autonomia do corpo no contexto da obra.
e) destacar o corpo do artista em contato com o expectador.

2) (Enem-2018)

TEXTO I

Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas […], os fotogramas são, numa definição genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu junto com a fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. Representou mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e outros procedimentos técnicos, a incorporação definitiva da fotografa à arte moderna e seu distanciamento da representação figurativa.

COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000.

TEXTO II

Ray, Man. Rayografia. 1922. 23,9 x 29,9 cm, MOMA, Nova Iorque

No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação figurativa” a que se refere o Texto I manifesta-se na:

a) ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas.
b) imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista.
c) composição experimental, fragmentada e de contornos difusos.
d) abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica.
e) imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos.

3) (Enem-2018)

O grupo O Teatro Mágico apresenta composições autorais que têm referências estéticas do rock, do pop e da música folclórica brasileira. A originalidade dos seus shows tem relação com a ópera europeia do século XIX a partir da:

a) disposição cênica dos artistas no espaço teatral.
b) integração de diversas linguagens artísticas.
c) sobreposição entre música e texto literário.
d) manutenção de um diálogo com o público.
e) adoção de um enredo como fio condutor.

4) (Enem-2018)

TEXTO I

TEXTO II

Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da Colúmbia Britânica (Canadá), transformou-se em fenômeno mundial produzindo obras de arte virtuais pedalando sua bike. Seguindo rotas traçadas com o auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter percorrido mais de 10 mil quilômetros.

Os textos destacam a inovação artística proposta por Stephen Lund a partir do(a):

a) deslocamento das tecnologias de suas funções habituais.
b) perspectiva de funcionamento do dispositivo de GPS.
c) ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade.
d) análise dos problemas de mobilidade urbana.
e) foco na promoção cultural da sua cidade.

5) (Enem-2018)

As duas imagens são produções que têm a cerâmica como matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla se distingue da urna funerária marajoara ao

a) evidenciar a simetria na disposição das peças.
b) materializar a técnica sem função utilitária.
c) abandonar a regularidade na composição.
d) anular possibilidades de leituras afetivas.
e) integrar o suporte em sua constituição.

6) (Enem 2019)

Na obra Cabeça de touro, o material descartado torna-se objeto de arte por meio da

a) reciclagem da matéria-prima original.
b) complexidade da combinação de formas abstratas.
c) perenidade dos elementos que constituem a escultura.
d) mudança da funcionalidade pela integração dos objetos.
e) fragmentação da imagem no uso de elementos diversificados.

7)

Fotografia de Jackson Pollock pintando em seu ateliê, realizada por Hans Namuth em 1951. CHIPP, H. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

MUNIZ, V. Action Photo (segundo Hans Namuth em Pictures in Chocolate). Impressão fotográfica. The Museum of Modern Art, Nova Iorque, 1977. NEVES, A. História da Arte 4. Vitória: Ufes – Nead, 2011.

 

Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade dessa releitura reside na

a) apropriação parodística das técnicas e materiais utilizados.
b) reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte.
c) simplificação dos traços da composição pictórica.
d) contraposição de linguagens artísticas distintas.
e) crítica ao advento do abstracionismo.

8) (Enem 2020)

TEXTO I

HIRST, O. Mother and Child. Bezerro dividido em duas partes: 1029 x 1689 x 625mm, 1993(detalhe). Vidro, aço pintado, silicone, acrílico, monofilamento, aço inoxidável, bezerro e solução de formaldeído.

TEXTO II

O grupo Jovens Artistas Britânicos (YABs), que surgiu no final da década de 1980, possui obras diversificadas que incluem fotografias, instalações, pinturas e carcaças desmembradas. O trabalho desses artistas chamou a atenção no final do período da recessão, por utilizar materiais incomuns, como esterco de elefantes, sangue e legumes, o que expressava os detritos da vida e uma atmosfera de niilismo, temperada por um humor mordaz.

Disponível em: http://damienhirsti.com:Acesso em: 15 jul. 2015. FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).

A provocação desse grupo gera um debate em torno da obra de arte pelo(a)

a) recusa a crenças, convicções, valores morais, estéticos e políticos na história moderna.
b) frutífero arsenal de materiais e formas que se relacionam com os objetos construídos.
c) economia e problemas financeiros gerados pela recessão que tiveram grande impacto no mercado.
d) influência desse grupo junto aos estilos pós-modernos que surgiram nos anos 1990.
e) interesse em produtos indesejáveis que revela uma consciência sustentável no mercado.

9) 

KOSUTH J. One and Three Chairs. Museu Reina Sofia, Espanha, 1965. Disponível em: www.museoreinasofia.es. Acesso em: 4 jun. 2018 (adaptado).

A obra de Joseph Kosuth data de 1965 e se constitui por uma fotografia de cadeira, uma cadeira exposta e um quadro com o verbete “Cadeira”. Trata-se de um exemplo de arte conceitual que revela o paradoxo entre verdade e imitação, já que a arte

a) não é a realidade, mas uma representação dela.
b) fundamenta-se na repetição, construindo variações.
c) não se define, pois depende da interpretação do fruidor.
d) resiste ao tempo, beneficiada por múltiplas formas de registro.
e) redesenha a verdade, aproximando-se das definições lexicais.

10) A arte pré-histórica africana foi incontestavelmente em veículo de mensagens pedagógicas e sociais. Os San, que constituem hoje o povo mais próximo da realidade das representações rupestres, afirmam que seus antepassados lhes explicaram sua visão do mundo a partir desse gigantesco livro de imagens que são as galerias. A educação dos povos que desconhecem a escrita está baseada sobretudo na imagem e no som, no audiovisual.

KI-ZERBO, J. A arte pré-histórica africana. In: KI-ZERBO, J. (Org,). História geral da África, I: metodologia e pré-história da África. Brasília: Unesco, 2010.

De acordo com o texto, a arte mencionada é importante para os povos que a cultivam por colaborar para o(a)

a) transmissão dos saberes acumulados.
b) expansão da propriedade individual.
c) ruptura da disciplina hierárquica.
d) surgimento dos laços familiares.
e) rejeição de práticas exógenas.

Resoluções

1) Alternativa B.

Body Art é a denominação dada a uma vertente contemporânea da arte, a qual usa o corpo como meio de expressão e como suporte para realizar a arte. A manifestação dessa arte ocorre, frequentemente, por performance e happening, sendo o primeiro algo mais estático, geralmente foto ou vídeo do trabalho, enquanto o segundo prevê, como fundamental, a participação do público, sendo mais imprevisível.

2) Alternativa C.

A partir do texto I compreendemos que houve incorporações na arte moderna, dentre elas colagens e fotomontagens, que distanciavam a representação figurativa. Assim, a ravografia surge com caráter experimental, os fotógrafos/artistas estavam criando novas composições e usando, para isso, elementos do universo fotográfico, como bem demonstra o texto II.

3) Alternativa B.

O grupo Teatro Mágico tem como característica suas apresentações e performances multi artísticas, ou seja, eles misturam as vertentes: música, acrobacias, instrumental, figurino e outros elementos. A questão relaciona o grupo com a ópera europeia do século XIX, que também tem a mesma postura.

4) Alternativa A.

Os textos mostram como Stephen Lund conseguiu aliar tecnologia com arte visual, como vemos no texto I, que há um percurso de pedal de bicicleta com forma do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Para essa inovação, o artista usou o GPS, que tem como função primordial dar direções ao usuário para chegar no objetivo pré-estabelecido.
O caminho proposto segue, via de regra, uma lógica prática e objetiva, que leva em conta a mobilidade, porém Lund o usou como ferramenta de criação artística para elaborar desenhos a partir das rotas urbanas. Assim, ele desloca a função original do GPS e cria uma nova função: o desenhar.

5) Alternativa B.

Na obra de Grimberg (texto I), a cerâmica é um apoio/suporte para a arte escultórica que há em cima dela, não há uma função utilitário ou uma representação conceitual e estética. Já na urna funerária marajoara (texto II), a cerâmica é responsável por conter os restos mortais de um ser humano, agregando uma função utilitária, um objetivo prático para a sociedade.

6) Alternativa D.

Quando o enunciado cita que a obra utilizou material descartado, temos a ideia de reciclagem imposta, significando que o material que foi descartado possui agora uma nova funcionalidade: ser uma obra de arte. A reciclagem implica nisso, na transformação do objeto fonte.

7) Alternativa A.

O texto II possui diálogo intertextual com o texto I, já que recriou, por meio de um elemento paródico, o “original”. Essa paródia se deu pela matéria-prima utilizada na produção da obra de arte: chocolate derretido.

8) Alternativa B.

Como assinala o texto II, esse grupo usa materiais incomuns para compor suas artes, veja a descrição do texto I: Vidro, aço pintado, silicone, acrílico, monofilamento, aço inoxidável, bezerro e solução de formaldeído. Assim, a alternativa que representa essa ideia é a que usa o termo “frutífero”, remetendo a diversidade e criatividade de forma e de conteúdo.

9) Alternativa A.

Temos, entre a obra e a fotografia, o conceito de mimésis expresso, ou seja, algo da realidade é representado pela arte, em forma de imitação.

10) Alternativa A.

A arte foi e é muito importante para que se compreenda culturas anteriores e para que se transmita legados ancestrais para a contemporaneidade. Além disso, o período pré-histórico não tinha práticas escritas, somente visuais e orais, transformando a arte em um veículo de mensagens pedagógicas e sociais, que transmite conhecimentos.

 

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