Início de um sonho… E VAI DAR TUDO CERTO!
É comum que os estudantes tenham que mudar de cidade, e consequente sair da casa dos pais/responsáveis, por isso vamos trazer algumas dicas e depoimentos dessa etapa.
Sabemos a felicidade de conseguir ingressar na Universidade desejada, mas também sabemos sobre as milhares de pesquisas e hipóteses que o estudante faz não só para escolher o curso, mas também a faculdade, o campus, a cidade e afins.
A experiência de sair da casa dos pais, ainda novo, pode ser um alívio ou uma tristeza. Sabemos que há jovens desejando a liberdade mais que tudo e outros bem apegados à família, mas todos devem saber que esse passo exige muito amadurecimento e força de vontade.
Cidade
O primeiro passo, depois do curso e da faculdade desejada escolhidos, é pesquisar a cidade em que irá morar. Procure saber sobre os arredores do campus, o custo do deslocamento, quais opões de transporte há, quais são as opções de lazer e quais são as opções de necessidade básica (banco, farmácia, mercado).
Leve em conta comentários sobre os bairros e também sua condição financeira. Por ser um gasto a mais, muitos estudantes optam por alugar apartamentos em conjunto com outros ou então morar em repúblicas. Essas opções com certeza diminuem o custo de vida, mas atente-se a com quem você está alugando e se a relação de vocês será boa.
As universidades também oferecem acolhimento através da Moradia Estudantil e/ou através de bolsa auxílio, que pode ser para moradia, para alimentação, para transporte.
Financeiro
Para manter uma boa condição econômica, recomenda-se que faça controle de gastos. Isso pode ser feito por meio de planilhas, com valores das contas, vencimentos, o que você comprou que realmente precisava e o que foi superficial. É importante priorizar necessidades básicas, como alimentação e produtos para a manutenção da casa (saco de lixo, produtos de limpeza, bucha, papel higiênico e outros).
Para ter a clareza das prioridades, é interessante sempre fazer listas de compras de mercado, anotando o que precisa para não esquecer nada. É facilitador, também, criar uma rotina de compra, por exemplo, se algum dia você terá janela de aulas da Universidade, aproveita para fixar esse horário como o horário das compras. Ou então faça a compra do mês em algum fim de semana.
Levando em consideração a falta de tempo, e as vezes de dinheiro, é comum que a alimentação perda sua qualidade, pois os estudantes optam por fastfoods ou alimentos ultra processados mais baratos. Uma opção é fazer refeições no Restaurante Universitário (RU) disponível no campus, pois o valor costuma ser baixo, porém a qualidade da comida é maior.
Com a ausência dos pais e/ou responsáveis, recomenda-se criar uma rotina, anotando seus afazeres domésticos e também burocráticos. É importante estabelecer horários para cozinhar, levar o lixo para fora, lavar roupas, pagar as contas, ir ao banco, fazer exercício físico, limpar a casa, estudar e se divertir. Agora é você que deve assumir o controle do seu dia e tomar as decisões.
Para além das questões práticas, preparar o psicológico é muito importante também. Muitos jovens se sentem deslocados, perdidos e sozinhos no primeiro mês, porém saiba que isso é natural e que essa sensação em breve deve ser amenizada e você se acostumará com a nova rotina. Pode ser interessante ir visitar os pais a cada 15 dias, se viável financeiramente e possível, caso não seja possível, uma boa opção das as chamadas de vídeo. Outra dica de rotina, é sempre ao fim do dia reservar um horário para conversar com seus familiares, por exemplo.
Relato
As informações a seguir foram fornecidas, voluntariamente, pela estudante Amanda Quitério. Amanda completa em maio de 2021 sua graduação em Licenciatura em Letras-Habilitação em Inglês feita na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, no campus de São José do Rio Preto.
Amanda, desde que nasceu, mora em São Paulo, porém em ocasião do seu ingresso na universidade, se mudou para São José do Rio Preto. Ela nos contou que nos primeiros dias, e no primeiro mês, teve muito medo e receio de todas as mudanças que estavam ocorrendo em sua vida, relatando que se sentia totalmente fora da sua zona de conforto.
A estudante é bastante apegada aos seus pais e era filha única, sendo uma “partida” muito dolorosa para ambos os lados. Seus pais também tiverem que lidar com essa mudança e se sentiram receosos, inclusive sua mãe conseguiu permanecer quase o primeiro mês todo com a filha na nova cidade.
Devido à distância, cerca de 500 km, não era comum que Amanda visitasse seus pais ou vice-versa. Os encontros eram raros e geralmente ocorriam quando era possível se estender para além de dois dias de fim de semana. Na tentativa de matar a saudade da família, por vezes Amanda visitava sua avó e sua tia em Monte Aprazível, cidadezinha perto de Rio Preto, cerca de 40 minutos.
A sua maior dificuldade foi perceber que as coisas realmente dependiam só dela, que não havia outra pessoa para resolver seus problemas, suas pendências, suas obrigações. A adaptação foi dolorosa e marcada por sentimentos de solidão, porém agora a estudante considera que tem uma nova família, a de Rio Preto. Ela nos contou também que sentiu que a universidade em si acolhe muito os alunos e os dá suporte.
A licencianda saiu de casa aos 18 anos e considera que foi uma aventura e tanto esse passo. Escolher o que fazer, quando fazer, o que comprar, quando comprar, a onde comprar, a onde ir, entre outras escolhas, parecem banais e corriqueiras quando estamos nas casas dos nossos pais, mas ao estarmos “sozinhas” essa escolhes adquirem pesos muito maiores.
Ao passo que foi fazendo suas próprias escolhas, Amanda também se descobriu. Ela conta que essa experiência a ajuda a “saber” estudar, agora ela entende qual é o método que mais funciona para ela.
A mudança ao contrário, de uma cidade grande para uma de médio porte, fez com que experienciasse novas situações: em Rio Preto era muito comum encontrar pessoas que conhece a todo momento, enquanto em São Paulo, para se encontrar, era preciso realmente marcar um dia, horário e local. Outra situação narrada é a sensação de todo mundo conhecer todo mundo, enquanto em São Paulo havia milhões e milhões de pessoas desconhecidas.
A coisa que Amanda diz ter sentido mais falta foi a escassez de eventos artísticos. Em São Paulo, era comum os passeis à museus, amostra de artes, teatro, apresentações, feiras das mais variadas. Aqui, apesar de ocorrer, eram muito pontuais e raros. Mas, em compensação, ela relata que conheceu muitos lugares novos, restaurantes novos, comidas típicas, linguajares típicos, tradições e figurinhas carimbadas, como as capivaras da represa municipal e a torta de frango do Moenda Sucos.
Agora é com você!!! Se a sua escolha te fará se mudar, não tenha medo e se tiver com medo vai com medo mesmo! E para realizar seu sonho, segue o GabaritaGeo que iremos te ajudar a passar no vestibular!!